Nasci prematura de 7 meses. Com 1 ano e 6 seis meses de vida, os médicos descobriram que eu tinha problema cardíaco e, então, me submeti a uma cirurgia urgente. Na UTI, utilizaram medicamentos considerados ototóxicos. Tive alta hospitalar e, depois de três dias da cirurgia, minha mãe percebeu que eu não escutava nada. Fui diagnosticada com surdez neurossensorial bilateral profunda, usei aparelhos normais por algum tempo, mas o resultado não foi bem sucedido.

Aos 4 anos de idade, recebi meu primeiro Implante Coclear, Spectra 22 e o dispositivo interno CI22M. Foi uma grande experiência com o Spectra 22, porém os sons realmente não eram sons naturais.

Depois de quase 20 anos de uma boa audição, os eletrodos do dispositivo interno apresentaram falhas. Em 2015 troquei por uma tecnologia mais avançada, um dispositivo interno mais moderno de 24 eletrodos e o processador Nucleus 5..

Em 2016, resolvi operar o outro ouvido, principalmente para localizar melhor os sons. Eu não tive coragem de operar durante anos, tinha esperança de que um dia mudaria. Mas com o segundo Implante Coclear obtive resultados muito melhores, uma compreensão melhor das letras das músicas. Hoje tenho mais segurança e me sinto cada vez melhor.

Usei os cinco modelos diferentes, sendo Spectra 22, ESPrit 3G, Freedom, Nucleus 5 e o Kanso 2.

Essa nova tecnologia mudou muito a minha vida, já escuto cada vez melhor e consigo escutar bem. O dispositivo interno CR24RE me surpreendeu muito, os sons são mais limpos, notei grande diferença.

Eu tenho uma filha ouvinte, sempre tive segurança ao usar o Implante Coclear, de conversar com ela e dar atenção.

Amo escutar músicas, faço esporte, participo das reuniões virtuais e presenciais e faço curso de aulas presenciais. Também converso pelo telefone.

Atualmente, estou usando dois Kansos 2. A tecnologia oferece o app Nucleus que conecta fácil via celular.